terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Mas veio assim.

Olha... Eu realmente gostaria de escrever sobre coisas felizes e cintilantes. E eu vou. Mas enquanto eu escrevo, dou uma olhada nos arquivos antigos e acho uma pilha de letras sangrando. De vez em quando vem e dói, sabe? Aí eu escrevo (quando dói sai coisa bonita). Então dessa vez eu vou postar mais uma vez coisa ferida. Contudo, prometo procês que volto pra postar texto que é belo e leve de ler, ok?
E, novamente, não se preocupem. Não sofro sempre. Quando vem, vem só durante o tempo de sentar e passar pro papel.
Espero que me perdoem a dor, se esta for transferida.





(O título do texto é esse vídeo aqui:)
http://www.youtube.com/watch?v=dvgZkm1xWPE&feature=fvst

Dei de escrever agora, justamente por não escrever há muito. Continuo a escrever por não sentir há muito. Ou sinto coisas demais há muito.

Eu sinto muito.

Eu sinto por mim. Eu sinto por ainda me perceber caída quando já acreditava estar tão de pé.
Eu era tão grande e forte. O que houve? Em que canto da rua eu me joguei e por que é tão longe do canto onde me enrosco agora, sem cobertor e sem chão?

“O que você está sentindo neste exato momento?”... A resposta vem fácil, que outra seria? Mas por que, meu Deus, por que dói? QUAL A RAZÃO DE AINDA DOER, ONDE AINDA DÓI? Que ferida tão profunda foi essa que parece aberta pra sempre, por motivo algum? Minha vontade é gritar de dor. E agora é diferente, algo que agora é e não era antes: Não acho culpado. Não posso apontar ninguém em louca satisfação de achar uma desculpa e forçar minha mente a puni-lo com o desagrado e meu fingido ódio. Tudo isso dói de graça e por ninguém.

Uma faísca. Foi o suficiente pra me atear fogo e perder a pele que me segurava inteira no nada de mim.

Um comentário:

  1. quando li esse texto fiquei assustada com a sensação de déjà vu que me deu! aí eu lembrei que já tinha lido mesmo hahahah

    e te digo o mesmo (ou parecido) que eu te disse naquela ocasião: a dor, quando você escreve, dói tão bonita na gente que lê que que a gente até esquece que é dor...

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